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sábado, 21 de fevereiro de 2009


A Responsabilidade Social da Igreja

“Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; fique o caso convosco” Mt 27.24
Hoje, 82% da população brasileira vive na zona urbana, tanto nas grandes cidades como nas pequenas cidades do interior. As condições de vida dos pobres, seja nas cidades grandes, seja nas pequenas, são semelhantes no que se refere à atividade econômica, alimentação etc.

Em número absoluto, a Região Metropolitana de São Paulo lidera o ranking nacional de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza: 5.967.949 de crianças, adolescentes e adultos. Desses, 815.362 estão na faixa de indigentes. Na Grande Rio de Janeiro, os menos favorecidos somam 3.132.467 de pessoas, sendo 481.027 indigentes. Já no Nordeste, a Bahia tem 1.324.365 de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza na Grande Salvador. São 257.981 moradores na faixa da indigência.

O que cristãos têm a ver com estes números, com as estatísticas alarmantes da pobreza dos centros urbanos? Por que devem os cristãos se envolver com o social?

No final das contas, existem duas atitudes que eles podem adotar com relação ao mundo. Uma é a fuga, outra é o engajamento.
“Fugir” significa voltar as costas ao mundo em rejeição, lavar as mãos das coisas do mundo, mesmo sabendo, como Pilatos , que nem assim desaparece a responsabilidade, e endurecer o coração aos agonizantes gritos de socorro.

“Engajar-se”, por outro lado, significa voltar o rosto para o mundo em compaixão, sujar as mãos, sofrer e gastar-se a serviço deste e sentir no fundo do ser o comovente e incontido amor de Deus.

Viver dentro da igreja em comunhão uns com os outros é mais conveniente do que servir em um ambiente externo apático ou mesmo hostil.

Ao invés de tentarmos fugir à nossa responsabilidade social precisamos abrir os ouvidos e escutar a voz daquele que conclama seu povo em todo tempo a sair.

Missão é a nossa resposta humana à divina comissão. É todo um estilo de vida cristão, que tanto inclui evangelismo quanto responsabilidade social, sob a convicção de que Cristo nos envia ao mundo assim como o Pai a ele o enviou.

Por que devem os cristãos se envolver com a responsabilidade social?

1º. O Senhor é Deus tanto da justiça quanto da justificação

“que faz justiça aos oprimidos; que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os encarcerados; o SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os justos; o SENHOR guarda os estrangeiros; ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios”. Sl 146.79

2º. O Senhor nos envia como o Pai O enviou – Jo 20.21

“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” At 10.38

Se a missão cristã é para ser modelada pela missão de Cristo, ela certamente implicará — assim como Ele o fez — penetrarmos no mundo das pessoas. Isto significa entrar no mundo dos seus pensamentos, da sua tragédia e solidão, a fim de compartilhar Cristo com eles lá onde eles estão.

Significa disposição para renunciar a conforto e à segurança de nossa própria formação cultural, a fim de nos doarmos em serviço a indivíduos de outra cultura, de cujas necessidades quem saber jamais tenhamos conhecimento ou experiência.

3º. Não se deve separar fé de amor

Ao caminharmos pelas Escrituras, podemos ver em todos os apóstolos a mesma ênfase na necessidade de obras de amor.

Tg 2.17,18 - fé sem obras é morta.

1 Jo 3.17 – aquele que tem recursos, deve repartir com quem não tem.

Tt 2.14 – somos um povo zeloso de boas

Ef 2.10 – Fomos criados para boas obras

Gl 5.6 – a única coisa que tem valor é a fé que atua pelo amor

Portanto, temos a surpreendente seqüência de fé, amor e serviço; a verdadeira fé se expressa pelo amor, o verdadeiro amor se revela através do serviço.

Fé salvadora e amor salvador caminham lado a lado; onde quer que um deles falte faltará também o outro. Nenhum deles pode subsistir sozinho.

Que faremos diante dos desafios das nossas metrópoles? Lavaremos nossas mãos como Pilatos, tentando nos isentar da responsabilidade frente a um mundo não apenas sem salvação, mas sem pão, sem roupas, sem casa, sem esperança?

Busquemos o equilíbrio bíblico em nossas igrejas – ofereçamos ao mundo perdido o Pão vivo que desceu do céu – JESUS, sem, no entanto nos esquivarmos da ordem de Jesus a multidão faminta – “dai-lhes vos mesmos de comer” (Lc 9).
Bibliografia - Stott, J. R. W. O cristão em um sociedade não cristã.

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